quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Vazio

O que foi não mais existe; existe exactamente tão pouco quanto aquilo que nunca foi. Mas tudo que existe, no próximo momento, já foi. Consequentemente, algo pertencente ao presente, independentemente de quão fútil possa ser, é superior a algo importante pertencente ao passado; isso porque o primeiro é uma realidade, e está para o último como algo está para nada. Só a consciência de recomeços nos torna capazes de nos descobrir a nós próprios, não podemos mudar o passado pouco podemos interferir no futuro e o presente se escapa quase sempre entre o nosso agir e o nosso ideal pensado, que nos resta senão o assombro??                                     Um homem, para seu assombro, repentinamente torna-se consciente de sua existência após um estado de não-existência de muitos anos; vive por um breve período e então, novamente, retorna a um estado de não-existência por um tempo igualmente longo. Isso não pode ser verdade, diz ao seu coração; e mesmo com a rudeza das nossas mentes, sentimos algum tipo de pressentimento de que o Tempo é algo ideal em sua natureza. Que a transcendência se transmite pela densidade e intensidade do Tempo.

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